HEY galera,
Hoje vamos trazer uma entrevista bem legal com o autor de Parrotman, o Pablo Dias! Juntamente com essa entrevista fizemos um review no canal de Parrotman, que você pode ver aqui! Não deixe de ler essa obra incrível!
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Blog Parrotman, Revista Action Hiken, Smocci
CONFIRA A ENTREVISTA COM O PABLO DIAS
IM: Como você começou a desenhar, e como ou por que você resolveu fazer
quadrinhos?
Sempre gostei de desenhar, então não me lembro quando comecei. Me interessei por quadrinhos depois de ganhar uma mangá do Cavaleiros do Zodíaco na escola, nesse época eu tinha uns 11 ou 10 anos, a partir dessa época eu inventava personagens de Dragon Ball, Cavaleiros do Zodiaco e Pokémon, até começar a pensar histórias originais.
IM: Todos nós acabamos tendo várias inspirações pra criar nossas obras, de onde veio a principal inspiração que te fez começar a criar o Parrotman?
Eu criei esse personagem quando tinha uns 13 ou 14 anos. Como eu era muito fissurado em Digimon e Super Sentai, e gostava de inventar monstros e personagens nesse estilo. Lembro que rabisquei um caderno inteiro só com esses monstros inventados. Depois, fiz uma história que tinha um torneio internacional de um jogo com vários personagens, estilo League of Legends, mas os personagens dentro do jogo fictício eram todos os monstros que eu criei, eu tinha feito até umas regrinhas, com habilidade especial, pontos de ataque, vida, atributo. E cada jogador tinha o seu personagem. Mas a história não era do Falcão, era de outro personagem, o Falcão era um coadjuvante de um time brasileiro, e tinha um dos piores monstros do jogo dentro da história, que era o Parrotman. Mas o Falcão sempre ganhava com alguma gambiarra, e aos poucos ia se tornando um dos maiores rivais do principal. Eu ia até fazer um jogo de RPG com os personagens desse quadrinho ,mas acabei abandonando o projeto de jogo por falta de tempo. Há uns 3 anos, me lembrei dessa história e fiquei com muita vontade de refazer. Aí, reformulei a história na época que era viciado em Bleach e Naruto.
IM: Você já trabalhou em outras histórias, ou esse é seu primeiro projeto?
O primeiro mangá que fiz e publiquei em algum lugar foi o Parrotman, mas depois participei de alguns concursos de quadrinhos, como o da NHQ, com uma história chamada ”A fuga do inferno” que acabou sendo impresso, e do concurso da JBC com outra história que ficou em sexto lugar.
IM: Em média qual seu ritmo de produção? Quantas páginas você desenha em um mês?
Depende muito da página e da história, no caso da história do Parrotman o ritmo é mais acelerado porque tento deixar o traço mais solto e simples, existem capítulos que desenhei todas as páginas em um final de semana e outros que levaram duas ou três semanas. A motivação conta muito também, as vezes fico sem idéias de como desenhar algum momento então passo muito tempo pensando em uma boa forma de passar para o papel. Recentemente comecei a pensar mais em fazer um conceito visual para os personagens e cenarios, então pesquisar também leva um tempo. Quando tento planejar um prazo para postar um capítulo novo, normalmente calculo pensando em uma página por dia.
IM: Fazer quadrinhos para você é um Hobby? Ou você pretende se possível, viver disso algum dia?
Gostaria muito que fosse o meu trabalho, mas infelizmente ainda não me rende dinheiro. Então acaba sendo Hobby, apesar que tenho dúvidas nisso, porque Hobbys não são levados a sério, é apenas lazer, eu tento levar a serio quando produzo páginas e penso em história ou idéias novas para os meus quadrinhos. Por enquanto meu sonho é viver de quadrinhos, sempre que arrumo um emprego que não seja relacionado a isso parece que estou perdendo tempo. Não contei para os meus pais ainda, eles acham que desenho só por Hobby mesmo.
IM: Já enviou ou pensou em enviar seu material para alguma editora? Seja brasileira ou internacional.
Sim, mandei para a newpop, mas deve ter sido rejeitado, depois disso decidi que não iria mais enviar essa história para outras editoras, porque ainda era muito amador. Mas outras pretendo sim, sempre tento participar de concursos de mangá tanto nacional quanto internacional. Seria bom fazer parte de alguma editora.
IM: Que tipo de material você está lendo ou acompanhando ultimamente?
Ultimamente comecei a ler Hajime no ippo, mais de 1000 capítulos um dia alcanço. E de acompanhar, a serie nova West World, anime Mob psychoo 100, alguns mangás da Jump, como One Piece, Boku no Hero, Promissed Neverland, Jojolion entre outras coisas. Mas pego muitas recomendações de mangá do podcast do blog Aoquadrado.
IM: Você lê outros quadrinhos brasileiros?
Sim, leio o S.P.Y, Engrenagem Cristal, Dragon’s Tale,mais alguns da editora Draco e da Action Hiken. O que mais gostei foi Gangues, acho que o quadrinho parou no capítulo 16 já faz bastante tempo.
IM: O que você acha que falta no mercado brasileiro de produção de quadrinhos?
É muito complicado fazer esse tipo de analise, é aquela história de ”pergunta de um milhão de dólares”, Mas eu vou dizer o que acho.
Muita gente diz que o público brasileiro não se interessa por material nacional e que tem preconceito. Isso tem um pouco de verdade, pessoas quando vão ao cinema preferem assistir filmes blockbuster com atores internacionais ao invés de nacional, e acho difícil um quadrinho brasileiro competir ao lado de Naruto, One piece ou Vagabond na banca. Mas ainda acho que a culpa não é do público, já que acredito que cada pessoa tem a liberdade de ler e gostar do que estiver afim. Se eu não gostar de tal genero de música, eu não tenho que ouvir ela só porque é do meu país. Mas se as pessoas não gostam e não se interessam por material nacional, talvez tenha como mudar isso.
Artistas nacionais bons é o que não falta, exemplo: os que trabalham na DC e Marvel, Fabio Moon e Gabriel Bá, Ichirou que ganhou varias vezes concurso do Silent Mangá. Da parte das editoras é mais complicado ainda em pensar, por um lado elas tem custos, prazos e trabalham com lucros, já vi a JBC falando sobre como a crise afeta o preço do papel. Já vi pessoas falando que, importar quadrinho do Japão e Eua é mais barato e garantia de vendas.
O que falta , acredito que seja aquele velho esquema de se vender um produto, uma boa propaganda, mais iniciativa das editoras, mesmo não sendo tão facíl e vantajoso de inicio, ter uma industa de quadrinhos no Brasil seria muito melhor do que atualmente é. Quadrinhos mais brasileiros e originais, nada contra quem gosta de coisas do exterior e artistas que se esforçam o maxímo para produzir o melhor material possível. Com essa receitinha ai é bem Provável que dentro de alguns anos da para colher bons frutos. Mas sinceramente, talvez eu esteja completamente errado, vai saber .
IM: Você tem algum sonho ou objetivo com relação aos quadrinhos?
Tenho, um deles é satisfação pessoal, acho que aprender alguma coisa se tornar muito bom naquilo, faz bem para a mente , então vou continuamente tentar melhorar o meu traço e aprender técnicas de desenho. Objetivo é conseguir fazer um quadrinho de sucesso e que possa ajudar pessoas de alguma forma, ainda não sei como. Sonho, vai parecer meio exagerado e útopico, mas queria me tornar um Osamu Tezuka ou Will Eisneir da vida, ser lembrado por desenhista de quadrinhos para sempre,seria muito bom kkkk. Ah, é também contribuir para que tenha um indústria forte de quadrinhos no país, tenho certeza que isso se ajudaria o Brasil de alguma forma.
IM: Quais são seus planos daqui pra frente? Tem outras histórias em mente?
Continuar com o Parrotman postando online, começou assim e vai acabar assim, mas quero produzir alguns impressos dessa história, ainda quero que cresça bastante, aguardem que vem muitas coisas pela frente. Tenho muitas histórias em mente ainda , tantas que não sei se vou ter tempo de desenhar todas, mas ainda vou desenhar muitas páginas de mangá.
IM: Você tem alguma mensagem para quem está começando a fazer quadrinhos?
Se seu sonho é fazer quadrinhos, e está muito complicado continuar, deve prosseguir, se seu desenho não é bom ou a história, se esforce, continue sempre melhorando e se aprimorando, mesmo que as outras pessoas não reconheçam o seu trabalho agora, no futuro elas vão, ah não ser que você desista agora, nesse caso elas vão estar certas. É mesmo na hora que já achar que for o suficiente, deve continuar tentando criar o melhor quadrinho possível, porque sempre existem desafios maiores . Esforço e suor sempre é recompensado, quanto maior o esforço e dedicação, maior é a recompensa.
IM: Faça uma propaganda pra galera que não conhece seu trabalho!
Meu nome é Pablo, sou autor do quadrinho Parrotman, que é a história de um cara que odeia esse nome em um mundo completamente destruído e sem futuro, nesse mundo humanos não morrem, eles ressuscitam na forma de monstros. A história já tem 12 capítulos, cada capítulo é bem curto tem em média 20 páginas. É bem estilão Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco e Bleach. Gostaria que dessem uma olhada e críticas são sempre bem vindas.
Agradeço o Instinto Mangaká por ter me chamado para a entrevista, gostei bastante de responder.
Muito Obrigado por terem lido! Não se esqueçam de deixar seu feedback para o autor!
Até o próximo post galera!
Temos que valorizar os quadrinhos no brasil, vocês são ótimos exemplos para o resto do país ver.