HEY galera,
Hoje temos um tema um tanto quanto polêmico para tratar, este é o mercado brasileiro de história em quadrinhos, que praticamente não existe, como vocês muito bem sabem.
Quero deixar claro aqui primeiramente que todas as opiniões que vocês lerão no post são exclusivamente minhas, sendo assim, algumas delas podem condizer ou não com a realidade, dependendo da minha loucura.
Vamos ao post.
A primeira coisa a se dizer é que já houve uma época em que o Brasil, assim como todo país teve suas revistas em quadrinhos nacionais, que começaram sendo publicadas nos jornais até chegarem a ter seus encadernados, nessa época trazer material importado era mais difícil e mais custoso que produzir um nacional. E mesmo nessa época
Por isso o mercado começou a ser gerado, e por incrível que pareça, houve uma época onde boa parte das editoras investia em mangás feitos aqui, isso mesmo, mangás feitos por brasileiros. Isso já é um choque pra todos que pensam que esse apoio nunca ocorreu.
O que aconteceu então, foi uma simples troca de valores, com a entrada da venda de material importado e o sucesso de venda destes, o mercado nacional foi sendo deteriorado até o ponto que vemos hoje, onde para uma empresa é muito mais lucrativo trazer um material estrangeiro para ser vendido no Brasil do que produzi-lo aqui. Apenas quadrinhos que já estavam tão bem fixados no mercado puderam se manter após essa reviravolta. E mesmo quadrinhos famosos acabaram por ceder a estes tempos, a Turma da Mônica foi um dos poucos sobreviventes deste apocalipse que atingiu nossas terras.
Isso durou tanto tempo que hoje pensar em lançar um quadrinho nacional e viver disso é meramente um sonho, sonho que não foi realizado por centenas de brasileiros, que não tiveram escolha senão buscar o mercado norte americano que abriga os brasileiros muito melhor que o próprio Brasil. Fora aqueles que simplesmente se entregaram ao sistema e perderam totalmente as esperanças. O mercado brasileiro está morto e enterrado, isso é um fato. Mas ultimamente, informalmente vem surgindo alguns resquícios de vida nesse cemitério, e todos nós agora queremos fazer de vez um apocalipse zumbi que traga de volta dos mortos nosso mercado de HQs.
Com a popularização da cultura japonesa no país, os mangás estão resgatando um pouco da vontade brasileira de desenhar histórias em quadrinhos, coisa que infelizmente as comics não conseguiram fazer, na verdade até fizeram, mas com a falta de abrigo aqui no Brasil e a série de oportunidades nos EUA, todos os brasileiros que se interessaram pelo estilo americano de fazer quadrinhos foram fazer suas carreiras nas conceituadas DC, MARVEL, Dark Horse, Image, entre outras.
Certo, mas o que então o mangá tem de diferente das comics?
Infelizmente ou felizmente quem quer fazer mangá aqui no Brasil não tem escapatória, o mercado japonês apesar de já nos ter mostrado que qualquer um pode se tornar um mangaká independentemente da sua nacionalidade (o que pode ser visto no seguinte artigo), não dá brechas para estrangeiros exercerem atividades remuneradas lá (trabalho) o que dificulta a minha afirmação anterior, mas isso pode ser refutado sobre condições muito específicas.
1: Ser descendente de japonês.
2: Ser casado com um(a) descendente.
3: Ser chamado ou indicado por uma empresa para trabalhar no Japão.
4: Ganhar uma bolsa de estudos e depois do período da bolsa conseguir um emprego.
Se você não atinge nenhum destes 4 requisitos, você tem que investir no mercado nacional ou desistir de vez. Infelizmente a realidade é essa.
Sei que a maioria de vocês sonha com ir morar no Japão e trabalhar para uma das famosas revistas de mangá de lá, produzir uma série longa e que faça sucesso. Sinceramente falando, sei disso pois durante muitos anos este foi o meu sonho, e confesso, ainda não desisti dele.
Voltando a falar do nosso país, e do nosso não existente mercado de quadrinhos. Com a popularização dos mangás parece que vem crescendo o número de pessoas que estão mostrando e investindo no seu trabalho de corpo e alma (assim como eu XD).
Mas o que será que falta para ser fixado e restabelecido o nosso mercado?
Com base em tudo que eu vi até hoje tentando investir nos meus projetos, eu digo que é difícil, pois depende de um oroboros
Para quem não sabe:
Oroboros é o símbolo onde uma cobra morde sua própria cauda, formando um círculo, e significa um ritual sem fim, ou seja uma ação leva à uma ação que nos leva de volta a primeira ação e assim por diante infinitamente, esse símbolo pode ser visto nos homúnculos do fullmetal alchemist ou o símbolo do elder scrolls online).
Nosso oroboros se trata de 3 cobras cada uma representando um conjunto de membros que devem fazer sua parte para manter a engrenagem girando, estas cobras são: As EDITORAS, os LEITORES e os AUTORES.
Tentarei representar essa ideia da melhor forma possível.
AS EDITORAS
Vamos começar com as editoras já que normalmente são elas que levam a culpa pela falta de material nacional nas bancas e livrarias.
Porém ao contrário do que muitos pensam, houve uma época em meados da década de 90 em que várias editoras investiram avidamente na produção de mangás brasileiros, porém estes não trouxeram o sucesso esperado e acabaram por morrer, não por falta de investimento ou displicência, e sim por conta da própria vendabilidade das obras. Nessa época foi lançado o tão conhecido Holy Avenger, bem como outras obras totalmente nacionais.
Hoje com a facilidade de importação, trazer algo estrangeiro que é garantia de sucesso é mais rentável e econômico que investir em algo novo que não se sabe ao certo se vai ou não render, se uma empresa começar a faturar alto com um material nacional, pode ter certeza que outras também irão crescer os olhos encima daquilo e também irão investir em mais material nacional.
Claro que para isso dar certo, precisa existir uma pioneira que arque com as despesas e prejuízos até conseguir trazer esse mercado de volta a vida, coisa que muitos tentam fazer e acabam falhando mesmo antes de começar, porque normalmente são feitos por jovens que ainda não tiveram a experiência de administrar uma editora ou revista ou qualquer outra coisa, e embarcam direto num mar de tempestades que é o nosso mercado de HQ, claro que isso não significa de modo algum que ninguém vá conseguir ou que por ser jovem eu não acredito que consiga, pelo contrário eu desejo de coração que alguém consiga!
Ainda hoje temos várias iniciativas para este tipo de produção e lançamento de material nacional, tanto por novas revistas como a Monthly Action Hiken já entrevista por nós, a Editora Kemono e Nebulosa, quanto por editoras maiores no mercado (por assim dizer) como a Draco e a própria JBC.
E claro, não podemos esquecer das iniciativas digitais, como o Social Comics, Heróis no Papel entre outras.
Mas a questão é que quem tem poder para investir e reerguer esse mercado não o faz por medo. Claro que se você parar pra pensar as editoras que são meras revendedoras de material internacional, nunca ganharão metade do que as editoras donas desse material ganham, as editoras que investem, arriscam e fazem o sucesso inicial, e se o Brasil não começar a investir em seus profissionais alguém de fora vai acabar ganhando todo o lucro que deveria estar sendo gerado aqui dentro, como é feito hoje em dia com os comics (estilo americano).
Mas o quê uma editora precisa para ter coragem de investir no nosso mercado de HQs?
A resposta é simples, leitores, ela precisa de gente que tenha interesse no material e o compre para que aquele material traga lucro e continue a ser lançado, afinal é disso que tudo se trata, sem dinheiro não tem como a editora fazer nada. E isso nos leva a segunda cobrinha do oroboros.
OS LEITORES
Com o passar de anos e anos sem ver material nacional algum, os leitores de quadrinhos brasileiros estão com a mente totalmente acostumada ao material estrangeiro, seja comics ou mangá. E sendo assim o público acabou meio que criando uma trava para o material nacional, ele não tem costume e acaba sendo muito mais atraído para algo que todo mundo vê, que está ao seu acesso, e sem ele precisar se esforçar muito para adquirir, do que ver o pouco material nacional que existe e está escondido nas entrelinhas da internet ou no armário de algum artista independente.
Outro fator que desfavorece nosso mercado é o custo, devido a maioria do material impresso nacional ser de produção independente dos autores, cada edição acaba sendo muito cara, o que a torna menos acessível ao possível consumidor, então o que é melhor? Comprar aquele mangá nacional que você nunca ouviu falar na vida por R$20,00 ou a ultima edição de Naruto que saiu e está custando R$12,90?
Acaba sendo muito lógica a escolha do leitor quando se coloca desta forma.
E ainda existem as comparações falando que você desenha igual não sei quem, seu personagem está parecido com um que já existe, você deveria fazer seu mangá igual não sei qual e por aí vai.
Como eu disse, a mente brasileira está total e inteiramente centrada em material internacional então construir um mercado nacional de quadrinhos não remete somente às editoras investirem em material de autores brasileiros, mas também no público pensar de forma mais aberta e aceitar melhor as obras produzidas aqui, porque várias pessoas dizem: “leia tal mangá, o começo é ruim mas ele fica bom no capitulo 50” E a mesma pessoa diz que não gostou de um quadrinho nacional e nã ovai continuar lendo após terminar de ler o capítulo 1.
Como autor acredito que temos de fazer o leitor gostar desde a primeira página, porém nesse caso não estou tratando de habilidade dos autores mas sim do nível de aceitação por parte dos leitores, por que uma obra você pode ler 50 capítulos ruins para poder ver algo bom, e a outra você não pode ler sequer 2 capítulos?
Mas o que é necessário para que o público se interesse em obras brasileiras e as comprem a ponto de dar as editoras o lucro que elas possuem vendendo material internacional?
A resposta nos leva a ultima cobrinha desse oroboros, onde eu estou, e da qual posso melhor falar.
OS AUTORES
Ser autor de quadrinhos, seja de qualquer tipo, é uma tarefa árdua em qualquer lugar do mundo, mas no Brasil a coisa se intensifica. E uma vez que entendemos o que (na minha semi-leiga opinião) as editoras e leitores necessitam, temos que entender o que os autores devem fazer para os leitores comprarem as HQs brasileiras.
O primeiro ponto é qualidade e originalidade, sendo sincero nenhum brasileiro atualmente vai gastar seu dinheiro para ler um material nacional que não tem qualidade boa, e ainda por cima é copiado de algum outro, pois como já disse, existe uma tendência brasileira a gostar mais do estrangeiro, então se você fizer algo parecido com o estrangeiro e com menor qualidade, é mais fácil, econômico e proveitoso para qualquer um, tanto o leitor quanto a editora, investir seu tempo lendo ou dinheiro publicando, o original.
O segundo ponto é dedicação, fazer de verdade sua obra e ter amor por ela, e compromisso com os leitores dela, cumprir prazos e soltar os capítulos ou oneshots com rapidez, ninguém vai lembrar-se de você se você lançar um a HQ por ano ou nem isso, você precisa estar em evidência o tempo todo para que seu público se torne seus fãs.
Mas uma vez comparando com outros mercados onde a produção é constante, o leitor tem material inédito todo mês ou semana, isso faz com que ele saiba que periodicamente ele vai ter um conteúdo novo e interessante para ler e acompanhar e vai entrar naquele site ou comprar aquela revista periodicamente, pois sabe que o que ele procura estará ali, isso faz com que o leitor entre no seu mundo e faça parte dele, coisa que não dá pra fazer se você lança os capítulos desreguladamente, o leitor não sabe quando ele deve ir ver a continuação e acaba por esquecer-se da sua obra, ainda mais se os saltos de produção levarem meses demais, ou até anos. Então dedicação é algo importantíssimo para fazer os leitores se apegarem e gostarem da obra.
Então sabemos que para sermos populares, nós quadrinistas brasileiros (e de qualquer lugar do mundo, já que isso é uma lei universal para se fazer qualquer coisa ) precisamos ter qualidade, originalidade e compromisso.
Mas e aí? Como nós podemos trazer tanta qualidade e velocidade de produção, se temos que trabalhar, pagar nossas contas, resolver problemas e fazer cursos ou faculdade que irão consumir todo nosso tempo, e não sei se vocês sabem, mas fazer uma HQ leva muuuuuuuito tempo.
É nessa hora que completamos o oroboros. Pois o que nós autores precisamos é de editoras ou revistas que façam a divulgação e venda de nossas obras para que tenhamos unicamente que nos dedicarmos a fazê-las e melhorá-las constantemente. Da mesma forma que é em todos os países que tem a cultura das historias em quadrinhos nacionais.
Para dar uma conclusão nesse artigo, eu digo que em minha opinião cada uma das serpentes do nosso oroboros deve fazer o que está ao seu alcance, mesmo que isso signifique se sacrificar um pouco, afinal todos saem ganhando com isso, os quadrinistas podem finalmente viver de seu trabalho, fazendo o que gostam com qualidade e dedicação, as empresas vão lucrar com o material nacional de qualidade, e vocês leitores vão ganhar tendo histórias boas e próximas da sua realidade.
Então essa é a minha opinião sobre como está nosso mercado atualmente, como disse no início, todas as opiniões apresentadas aqui são minhas, eu citei principalmente os EUA e o Japão por serem mais conhecidos, mas existem vários países que investem em seu mercado interno de HQs, Coréia, China, França, Espanha, entre outros que até eu desconheço.
O fato aqui apresentado é que o Brasil podia entrar nessa lista e investir mais em outras artes além do futebol.
Muito Obrigado, e deixe sua opinião sobre o artigo, se acha que está faltando algo ou se discorda de alguma opinião, é claro comente também se você concorda e tem algo a acrescentar para a discussão.
Compartilhe esse artigo com quem você conhece, quanto mais pessoas lerem e descobrirem o que pode ser feito, talvez possamos ficar cada vez mais perto de realizar nosso sonho de ser mangakás, sem ter de sair do nosso lar.
Mas tem como ser um mangáka brasileiro independente e levar sua obra ao mundo todo?
Tem sim! Hoje com a internet isso não é muito difícil, voce consegue publicar por editoras no exterior ou também se souber mais línguas ou contratar tradutores você pode difundir d[seu mangá de foram independente para onde quiser!
Isso mesmo ofereça um salário mínimo a um quadrinista por oito horas diárias de trabalho e uma folga semanal e duvido se ele vai preferir um emprego braçal pra sobreviver. Mas é lógico que seria necessária toda uma equipe produtora e editorial fazendo a engrenagem girar. É triste a realidade, mas dinheiro motiva sim e ninguém enche a barriga ou paga suas contas trabalhando por paixão ou voluntariado sem fins lucrativos que é o que o mercado meio que se propõe aos autores nacionais, que eles trabalhem por paixão. Essa via de motivação é valida somente na expectativa de divulgação do trabalho do artista como eu pretendo agir assim que criar coragem (rsrs) e para atrair patrocínio. A estrada é árdua mas existe.
concordo com muito do que você disse, e de fato esse não é o trabalho de uma única pessoa mas de um piás;apesar de tudo não desista. eu também estou tentando e eu SEI que vou conseguir !!!!!!!!!!!!!!!
O que acha das campanhas de financiamento coletivo do Catarse? Elas tem se mostrado na grande força dos quadrinhos nacionais de hoje. Grandes nomes como Max Andrade, Kaji Pato e Felipe Cagno estão lá, lançando seus quadrinhos.
Nossa mas que pessoa mais inteligente, até me emocionei pois meu sonho é fazer sucesso com uns 3 HQs meus! Mas sabe de uma coisa, não fiquei desanimado nenhum pouco com isso e o único jeito de melhorar a relação da Editora, Leitor e Autor seria compartilhar mensagens como essas por todos cantos pra ver se os brasileiros abrem os olhos. De agora em diante vou publicar meu trabalho com insentivo e dedicação mostrando as pessoas a teoria “Abopuru” ( Pegar inspiração no estrangeiro, mas valorizar o brasileiro colocando nossas características e fazendo cada vez melhor). Creio que só com dedicação se consegue as coisas.
O certo é” Abaporu” kk
Sim, uma coisa que venho percebendo cada vez mais em trabalhos brasileiros, é que a cada dia que passa as obras estão mais e mais interessantes e bem feitas, pode ser apenas impressão minha. mas em meados de 2011~2012, em fóruns e comunidades no Orkut(na época, equivalentes aos grupos de facebook, e desenhistas de sites de imagens de hoje), era comum bater o olho em algo e notar de cara que “era de um brasileiro”, o desenho era notoriamente menos bem feito e muita gente dizia “ah, ele desenha muito, nossa”, mas que nunca mais iriam acessar seu trabalho(salvo exceções). Mas hoje em dia vejo desenhistas brasileiros fantásticos, de igual pra igual com comics e desenhistas de mangás sem problemas, e uma grande parte deles(se não a maioria) chegaram a este nível praticamente como um hobby, sem sequer frequentaram um curso especializado ou algo do gênero, e não ganham o suficiente só com isso. Nesse aspecto acho o povo brasileiro bem interessante, pois há gente capacitada, seja no ramo dos mangás, dos jogos e agora também de alguns aspirantes a animação. Diria que falta apenas algum detalhe de marketing que ainda não foi notado…
Caro autor do post.
Você tem toda a razão. Amo desenhar, mas perdi minhas esperanças. Vou terminar pelo menos um mangá antes de fazer outra coisa da vida. Uma despedida.
Obrigado pelo seu comentário, mas o objetivo do post não é desanimar. É mostrar que existe dificuldade, porém ela pode ser superada e acredito que haja sim a possibilidade de se ter um mercado brasileiro de cultura ao consumo de quadrinhos nacionais, luto por isso na verdade! ^^
Espero profundamente que não desista, porém ter um plano B é sempre importante para se ter garantia.
Você respondeu perfeitamente um questionamento meu!
Eu acredito que o Brasil pode crescer nesse tipo de investimento!
E acho que nós que sonhamos em ser Mangakás profissionais não devemos esperar pelas
outras serpentes do oroboros, mas fazer a nossa parte com bastante esforço, apostar em nossas obras,
investir e colocar todo o nosso suor e criatividade nelas!
É nisso que acredito Bruno! Infelizmente a maioria dos artistas que conheço se perdem no pensamento, ou desculpa eu diria, de que não da pra fazer algo aqui no Brasil por causa da falta de apoio e investimento das editoras, ou ainda preconceito dos leitores. E é exatamente esse pensamento que garante que a gente continue nessa situação. O objetivo desse texto é tentar conscientizar esses artistas a refletir que sem alguns precursores para passar por isso, nunca conseguiremos construir um mercado sólido.
Cara, sei que essa postagem tá quase fazendo aniversário mas achei muito interessante! Tenho 36 anos, e desde muito novo me enveredei pelo árduo e espinhoso caminho das Hq’s e tive que correr pra amarrar meu jumento em outro tronco pra poder sustentar minha família. Concordo com tudo que você falou cara! Esse movimento independente é legal, é bacana, mas só serve mesmo pra mostrar que tem jeito boa disposta a trabalhar com qualidade. E só. Essa forma artesanal não cria empregos nem abre espaços. Eu, (Não sou leitor de mangá, sou mais dos comics e fumettis, mas curto muito a narrativa e a variedade de temas do mangá), acredito que o modelo japonês de mercado é o mais viável e que atende melhor os anseios dos artistas brazucas por dois motivos: 1 º – Garante os direitos dos autores (não sei se tem todo o direito, mas pelo menos todos sabem quem é de quem lá) e 2º – dá acesso pleno dos leitores ao que é produzido. Cara, gibi tem que ser bom e barato! Acredito que se uma ou mais editoras, começarem a recrutar historias boas, socar tudo dentro de uma lista telefonica impressa em PisaBrite custando menos de R$ 10,00 na banca, alguma coisa boa acontece!
Só completando…E nós “artistas”, temos que abraçar de vez o objetivo e parar de mimimi. Mas tem uma coisa que artistas independentes insistem em dar voz: EGO!!! Querem só o seu e está ótimo. Não querem ser editados, não querem intervenções de um editor não aceitam modificações! Querem escrever, desenhar, pintar, editar…Aí fica dificil tambem uma editora apostar no cara! E sobre os lançamentos independentes cara, quadrinhos de autores desconhecidos (ou quase) por R$ 35,00, R$ 40,00 pilas?????? Difícil.
Olá, sou Douglas lordis e tenho uma história e quero dar vida a ela, porém não sei desenhar, sei que você é mangaká e a gente poderia juntar nossas ferramentas para produzir um mangá, eu com a história e você com o desenho?o que acha?é uma oportunidade não acha?
Eu concordo com a matéria, acredito que no Brasil o caminho é o mercado independente, mas com uma visão mais profissional e empreendedora da coisa, é possível vender qualquer coisa se esta tem qualidade, preço competitivo e uma boa publicidade. Escrevi recentemente um E-book sobre o assunto (mas só será lançado em setembro) que aponta algumas formas de se trabalhar com quadrinhos no Brasil, baseado em minha experiencia como autor e ilustrador. Parabéns pelo site. muito bom.
Muito obrigado por ter lido o post, fico feliz que concordou com as ideias e que está preparando um e-book com esse tema. Desejo boa sorte e sucesso com esse projeto! ^^
Muito bom esse artigo, meu sonho é me torna um mangaká. Se eu me tornasse famoso ao ponto de ter dinheiro pra poder construir uma própria editora e buscar talentos assim, eu faria. (uma editora nacional, do próprio país buscando talentos pra divulgar ao ponto de o autor se reconhecido no mundo todo, sem ser editoras estrangeiras ) garanto que o sonho de todo mangaká brasileiro (que quer se torna) é ter isso, pra facilitar um pouco. Os brasileiros deviam “reviver” o mercado de quadrinhos e fortalecer isso. Mais a realidade infelizmente é outra, dependendo de outros países para procurar editoras (não estou falando isso de uma forma ruim, mais sim porque é difícil).
Olá!
Deixei uma mensagem para ti no upmanga, dá uma olhada lá.
Ou quer conversar por aqui mesmo?
Obrigado pela mensagem, já respondi lá! ^^